vi uma criatura nua, brutal,
que de cócoras na terra
tinha o seu próprio coração
nas mãos e comia...
Disse-lhe: «É bom, amigo?»
«É amargo - respondeu -,
amargo, mas gosto
porque é amargo
e porque é o meu coração».
(in As magias; poema mudado para português por Herberto Helder; ed. Assírio & Alvim)