e já não ver
ao rés do solo
ao rés da página
O fulgurante espaço
de um instante
e o sulco que inscrevo e desaparece
e logo esqueço na brancura
Mas é preciso acabar a frase
saudando com as antenas de um insecto
o vento que na folha cintila
vindo do nada pontiagudo esparso
com todo o amor do ar vazio
(in Resumo - a poesia em 2013; ed. Documenta, 2014)
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