que não oiço mais
do que ouvir,
vejo tanta coisa de vós
que não vejo mais
do que ver,
tanta coisa me assedia
com desconversa
que dou por mim a falar
com quem conversa,
que dou por mim
a falar como quem
fica em silêncio.
Eu vivo, forte.
(in A Morte É Uma Flor. Poemas do Espólio; trad. João Barrento, ed. Cotovia, 1998)
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