sexta-feira, 6 de março de 2015

"A Morte", de Paul Celan

A morte é uma flor que só abre uma vez.
Mas quando abre, nada se abre com ela.
Abre sempre que quer, e fora da estação.

E vem, grande mariposa, adornando caules ondulantes.
Deixa-me ser o caule forte da sua alegria.

(in A Morte É Uma Flor. Poemas do Espólio; trad. João Barrento, ed. Cotovia, 1998)

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