quinta-feira, 3 de julho de 2008

"Vinheta", de Eucanaã Ferraz




Ame-se o que é, como nós,
efêmero. Todo o universo
podia chamar-se: gérbera.
Tudo, como a flor, pulsa

e arde e apodrece. Sei,
repito ensinamento já sabido
e lições não dizem mais
que margaridas e junquilhos.

Lições, há quem diga,
são inúteis, por mais belas.
Melhor, porém, acrescento,
se azuis, vermelhas, amarelas.

(in Cinemateca)


(O poema possível agradece profundamente a Eucanaã Ferraz por nos ter proporcionado o conhecimento deste e de outros poemas).

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