Para quê falar?
Mas para quê calar?
Não há ouvido para a nossa palavra,
mas também não há ouvido para o nosso silêncio.
Ambos se alimentam unicamente entre si.
E às vezes permutam as suas zonas,
como se quisessem amparar-se mutuamente.
Mas para quê calar?
Não há ouvido para a nossa palavra,
mas também não há ouvido para o nosso silêncio.
Ambos se alimentam unicamente entre si.
E às vezes permutam as suas zonas,
como se quisessem amparar-se mutuamente.
(in Poesia Vertical, antologia organizada e traduzida por Arnaldo Saraiva)
Sem comentários:
Enviar um comentário