domingo, 7 de setembro de 2008

(Poema certeiro)

O que se diz nunca é exacto
nenhuma voz nos dita
o que se passa
Por isso a palavra é uma procura
do que nunca se lhe entrega
e é essa separação que a alimenta
e nela se abre o horizonte
do impronunciável


António Ramos Rosa
(in A Intacta Ferida)

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