quarta-feira, 9 de abril de 2014

[Insiro o rosto], de António Ramos Rosa

Insiro o rosto
entre os ramos de um arbusto
e bebo a delicada fábula
dos fulgores solares

Consumi toda a minha fragilidade verde

Dormi como uma folha
de braços abertos
e passo a passo
subi ao cimo do dia

(in Resumo - a poesia em 2013; ed. Documenta, 2014)

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