quarta-feira, 10 de abril de 2013

"Está um triste amante esquecendo", de Casimiro de Brito

Está um triste amante esquecendo
os dias que passou com aquela
que tanto ama. Mas como esquecê-la
se toda a sua vida foi feita
de bem querê-la? Ao frágil amante
só lhe resta partir com as águas
e as folhas caídas. Memória
será jangada bastante - e o vento
que a todos sopra.

(in Amar a Vida Inteira; ed. Roma Editora, 2011)