domingo, 30 de outubro de 2011

Poema de João Pedro Messender

Pousa as armas do Outono
e caminha ao longo da margem.
Um golpe de névoa
rouba-lhe
a ordem do dia. Por que não
esbanjar a sua ruína
partilhar as árvores descarnadas
sacudir a harmonia do mundo?

(in A Cidade Incurável; ed. Caminho, 1999)

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