Though he doth not advance who goeth back,
And he that seeks, though he on nothing chance,
May still by words be said to find a lack.
This paradox of having, that is nought
In the world's meaning of the things it screens,
Is yet true of the substance of pure thought
And there means something by the nought it means.
For thinking nought does on nought being confer,
As giving not is acting not to give,
And, to the same unbribed true thought, to err
Is to find truth, though by its negative.
So why call this world false, if false to be
Be to be aught, and being aught Being to be?
* * *
Quem para trás vai, só por isso avança,
Inda que não avance recuando,
E quem procura, o nada encontrando,
Dele se dirá que o vazio alcança.
Este nada é paradoxo do ter
No sentido em que o mundo o vem velar,
É a vera essência do puro pensar
E algo diz pelo nada dizer.
Se o não dar é o acto de não o dar,
E pensar o nada é reconhecê-lo,
Segundo o mesmo pensamento, errar
É descobrir verdade, não a tendo.
Porquê chamar falso o mundo se, por sê-lo,
É já algo do Ser, por isso sendo?
(in Poesia Inglesa, vol I; Assírio & Alvim, trad. Luísa Freire)