segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Mais um poema de Pedro Tamen

Se a história se repete
que história se repete?
Que fungo se intromete
em quem a lê ou sente?

Será a mesma gente
ou outra, mas doente?
Hoje, tantos do tal,
terá nascido o mal?

Assim, nada é fatal
mais que a fatalidade:
a negra tempestade
é tempo e tempo, idade.

(in Retábulo das Matérias (1956-2001))

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