(Poema lido e publicado em Tomar; a AJ lendo um livro aqui ao lado)
Expulsaram os pássaros da nossa rua.
Primeiro trouxeram máquinas escavadoras
e nuvens de pó,
depois chegaram carros bem vestidos
de onde saíam homens com papéis
e mãos vazias.
De uma ponta à outra da rua
serraram as árvores
que nos indicavam as sucessivas estações
dos nossos dias.
Como reconheceremos agora o outono?
Como saberemos da chegada dos sinais
se já nem os pássaros têm ramos
onde pousar as canções?
(in A fuga das cidades. Os ensinamentos)
2 comentários:
Olá!
Pretendia enviar-lhe alguma coisa, mas acontece que perdi o seu endereço. Quer ter a paciência de, mais uma vez, mo enviar?
Carlos Lopes Pires
Vou enviar-lhe um email, amigo Carlos!
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