sexta-feira, 23 de julho de 2010

Excerto de poema de Vinicius de Moraes

A bomba atômica é triste
Coisa mais triste não há
Quando cai, cai sem vontade
Vem caindo devagar
Tão devagar vem caindo
Que dá tempo a um passarinho
De pousar nela e voar...
Coitada da bomba atômica
Que não gosta de matar!

(versos do poema "A bomba atômica", II, in Antologia Poética)

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