e entre si o ar e a árvore
se iluminam.
O pássaro canta, alguém escuta, as coisas juntam-se
em desequilíbrio
no grande buraco luminoso para cima.
E o canto continua tudo entre árvore e ar
com a luz desarrumada folha a folha.
E cada coisa regressa de si mesma.
No papel onde se levanta o mundo numa baforada desde as unhas
ao braço e à cara e à boca no som apenas
de pedaços de palavras,
a assimetria dos dedos nos vocabulários que faíscam, uma
soletração pouca.
O canto inteiro escrito arterialmente perto,
coluna de sangue e ar,
canto pequeno.
(in Ou o Poema Contínuo; "Do Mundo", IV)