segunda-feira, 2 de março de 2009

(O pó do poema)

(Transcrevo um poema: despendo, a meio do dia, cerca de vinte minutos nessa tarefa inútil. Cada verso, ou palavra, ou sílaba, ou letra, pouco mais significam que pequenas partículas de tempo - intangível pó que fixo em páginas levemente amarelas com a minha letra. O buzinar dos automóveis é o ponto final do que transcrevo; pergunto-me: em que tarefas, seguramente mais úteis, despendem os apressados condutores o pó das suas vidas?).

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