Todos os materiais servem ao poeta:
o som de um tambor,
a angústia de uma mulher nua,
a lembrança de uma utopia.
A vida deposita, diariamente,
no altar profano da poesia,
a sua dádiva generosa:
estrelas e detritos.
E tudo a poesia sacrifica.
II
Para amar um poema,
é preciso ter coração e
sangue nas veias.
E que o poema seja uma carícia
ou um soco na boca do estômago.
(in Auto-Retrato)
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