já que da morte surgirá a vida,
nascer é viver para a morte?
morrer, é confirmar a vida?
Mas quando tudo é morte sendo vida
e toda a vida é um caudal de morte:
morrer, é escolher a vida?
viver, é aceitar a morte?
Quando a morte cinge a nossa vida
que não só foi vida, mas também morte
(vida porque culmina com a morte,
morte porque soubemos o que é a vida),
que nova vida surge dessa morte?
que morte é essa que engendra a vida?
(in Poesia Cubana Contemporânea. Dez Poetas; trad. Jorge Melícias; ed. Antígona, 2009)
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