que era escritor. Escreves porquê?
Para pôr um arco de oiro
na minha vida breve. Falava,
como se vê, a linguagem
dos caranguejos. Para passar o tempo
que falta até vir a maré alta, para
proteger do sal as trevas
e combinar as luzes do sol
com as luzes da água, para deixar
gravado no ar o ar apertado
entre duas tenazes, para iluminar
o canto do meu andar viciado.
(in Os Poemas do Coelho Ramon)
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