Contaminado pelo barro da vida
que já se afasta, corrompida,
basta-me este canto rouco. Anunciador
da madrugada? Mas onde estou eu, sem chão
nem jangada? Comido pela boca nocturna
só me restam umas sílabas escuras.
Com elas não sei o que fazer. A arte
da queda? Deixa acontecer.
que já se afasta, corrompida,
basta-me este canto rouco. Anunciador
da madrugada? Mas onde estou eu, sem chão
nem jangada? Comido pela boca nocturna
só me restam umas sílabas escuras.
Com elas não sei o que fazer. A arte
da queda? Deixa acontecer.
(in Arte de Bem Morrer)
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