Talvez tivesse razão o poeta que ouvi há uns tempos: a poesia é um "ofício magoado" - é um nada com líricas aspirações a nobreza. Porquê ler poesia? Para quê? (E porque não?).
A verdade é que (e esta é a constatação a que chego a cada passo) não sei falar de poesia, por muito que a leia (e que com ela cresça – ou julgue crescer) e me esforce por transmiti-la (com dúbio sucesso) aos que me rodeiam... Se, como defendem alguns, a poesia é intransmissível, porquê insistir em disseminá-la?
É certo que manter este inofensivo blogue não é muito custoso – as leituras acontecem e aconteceriam independentemente dele (além disso, ainda retiro o secreto prazer de todos os gestos inglórios); mas fará sentido? Fará sentido a exteriorização desta fraqueza?
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