domingo, 27 de janeiro de 2008

Apontamentos sobre uma pública conversa informal com uma Poetiza

A Poetiza escreve à noite - ou melhor, procura a Poesia depois de levantar a mesa e arrumar os pratos lavados, de preparar a aula de literatura do dia seguinte. Prefere o lápis e a folha A4; o computador, confessa, é apenas uma ferramenta para o trabalho não-poético. Mas - adivinho - nem sempre que a procura a Poesia vem (assim acontecerá com todos os que não são meros arrumadores de palavras e decoradores de sonoridades e ritmos).
Não, a Poesia acontece naturalmente, e o primeiro acto de escrita pode acontecer no momento menos provável - no engarrafamento, numa conversa, numa aula. À noite, então, o apurar (se houver matéria para tanto), o destruir (se for esse o caso), o purificar (nas duas situações anteriores).
Sem muitas novidades - talvez -, ainda assim valeu a pena ouvir o que nos quis dizer a Poetiza.

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